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Então é assim que a liberdade morre - com um estrondoso aplauso

Os livros de história nos contam o quanto a luta de classes deu direito e visibilidade às minorias com o passar dos anos, como por exemplo, o direito ao voto. Hoje me parece que os livros mentiram, pois dadas as circunstâncias o direito ao voto nunca deixou de ser do homem branco e de posses.

Há alguns meses a frase “O Brasil está em crise política” vem sendo dita repetidamente. A insatisfação com a corrupção e a atual crise econômica é traduzida por debates calorosos na intimidade das casas ou na liberdade das ruas.

Essa indignação, que poderia ser transformada numa força catalizadora para se lutar por uma reforma política, só externou exageros de ideologias, agressões verbais, por vezes até físicas. De um lado, vemos uma direita fascista que é responsável pelo extermínio das minorias, e do outro uma esquerda que luta por essas pessoas, mas infelizmente ainda ingênua por acreditar cegamente que nessa luta de cachorro grande, existe um partido politico que está ao seu lado.

Temos visto uma direita que com a ajuda da grande mídia fica cada vez mais forte e manipuladora. Isso foi provado com a abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff, presidenta reeleita em 2014 democraticamente.

Uma votação pelo afastamento da presidenta ocorreu. E quem votou? Vários homens. Homens brancos, homens ricos, homens que defendem a família dita tradicional, homens que colocam a religião acima de tudo, homens que roubam dinheiro público e homens que não estão nem aí para o interesse do povo.

Eles conseguiram o que queriam, o processo de impeachment terá prosseguimento. Saíram às ruas com suas camisas verdes e amarelas, seus carros automáticos, suas taças de champanhe cheias, suas contas no exterior com dinheiro público intacto e com o anseio latente de governar e afogar de vez a democracia em suas piscinas faraônicas.

E com esse resultado nos indagamos: do que adianta o direito ao voto se nossas escolhas podem ser invalidadas por homens que não sabem a definição de Estado democrático de direito? É possível falar de justiça quando os mais altos cargos de gerência dos bens públicos estão nas mãos de pessoas inábeis e acusadas de corrupção?

Quem perde não é governo, quem ganha não é oposição. Quem sai ferida é a democracia, que é a mãe dos negros, dos pobres, das mulheres, dos órfãos. Quem sai perdendo nesse jogo de cadeiras somos todos nós que ainda sonhamos com um país onde o importante seja a vida e a manutenção digna da mesma e não a ambição desmedida defendida por discursos políticos hipócritas.

Por Trás do Blog

Nós, da Disciplina Gêneros Jornalísticos 2015.2, sedentos em produzir e dispostos a ouvir e sentir, nos propusemos a focar nossas lentes no dia a dia, no ordinário, naquilo que passa despercebido por muitos, e que pode virar uma boa história carregada de verdades, humanidade e sensibilidade. Convidamos você a nos acompanhar nessa experiência de ler as entrelinhas do dia a dia, porque com certeza ali encontraremos o extraordinário!

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