A endometriose ocorre quando partes do endométrio - membrana que reveste a face interna do útero - se fixam em outros órgãos, como a bexiga e o intestino. A origem da doença pode ser genética e deve-se também ao fato de que atualmente as mulheres retardam a gravidez, têm menos filhos e, consequentemente, um maior número de ciclos menstruais, aumentando assim a incidência de problemas ginecológicos. De acordo com o ginecologista José Bento, a doença atinge 10% da população feminina brasileira em idade reprodutiva, o que representa cerca de 6 milhões de mulheres, sendo uma das principais causas de infertilidade. Os principais sintomas são: forte cólica menstrual, dores nas relações sexuais, sangramentos na urina e nas fezes e até mesmo infertilidade.

            A falta de informação é um fator preocupante. Segundo pesquisa realizada em 2014 pela Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva (SBE), mais de 50% das brasileiras desconhecem a doença. O diagnóstico pode levar até 7 anos para ser feito. Por isso, recomenda-se que as mulheres procurem regularmente um ginecologista. A endometriose pode ser tratada por meio de cirurgia e medicamentos, além de exercícios físicos e alimentação balanceada e saudável.