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Política forjada, Educação Pirata

Por Laire Carvalho

Já imaginou se a política brasileira e a educação pública caminhassem em harmonia? Seria o casamento perfeito. Todavia creio que este fardo é pesado demais para os “pobres” políticos carregarem!

De acordo com a Constituição que rege o Brasil, os governos estaduais e municipais são obrigados a disponibilizar, no mínimo, 25% da sua receita de impostos, para fins educacionais. Contudo, você deve se perguntar: “Então, isso na prática acontece?” Juro que se estivéssemos nas redes sociais, neste momento, lhe responderia com um breve e irônico: “kkkkk”.

Constantemente são feitas denúncias de desvio do dinheiro público em aplicações ilegais ou em investimentos que fogem do destino ideal (alguns já foram até parar nas cuecas!). Entre maio e junho de 2015, por exemplo, foi ao ar um escândalo, cujos políticos são o governador Beto Richa (PSDB), o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP), Ademar Traiano do (PSDB), o primeiro secretário da ALEP, Plauto Miró (Dem), o filho do conselheiro do tribunal de contas do Estado (TCE-PR), Durval Amaral, além do deputado estadual Tiago Amaral. Todos os citados são acusados de aplicarem a verba das escolas estaduais em campanhas para suas reeleições.

Agora, imagine como seria se, ao invés de o povo brasileiro ler essa matéria acima, encontrassem na banca ou nas mídias: “Governo Estadual dispõe de 3 milhões de reais para investimentos nas escolas; O Estado viabilizou recursos para reformas de infraestrutura das universidades de Vitória da Conquista; ou Governo Federal cria uma nova lei, que assegura um aumento de 30%  nos salários dos professores federais, estaduais e municipais de todo o Brasil.” Certamente, você comemoraria eufórico, mas não é bem isso o que acontece.

É nítida a crise econômica, política e social que o Brasil vivencia nestes últimos anos, entretanto, a impressão que tenho é que a Educação pública brasileira nunca esteve em outro estado que não fosse o crítico. Tanto as escolas quanto as universidades, disponibilizam uma infraestrutura precáriapara os seus alunos. A verba que deveria ser investida na Educação se perde no meio do caminho, nos bolsos dos políticos, isto quando há recursos!

Não está tranquilo, muito menos favorável! A política educacional brasileira deveria espelhar-se na educação da Finlândia, por exemplo, que recebeu o mérito de melhor Educação do mundo. Isto se deve ao fato de que os finlandeses se comprometem politicamente e consideram o direito à Educação um dos principais pilares de uma sociedade democrática, intelectual, saudável e justa. Entretanto, a grande parte dos líderes políticos do Brasil, assim como os próprios cidadãos brasileiros, estão mais preocupados em discutir suas ideias fajutas nas assembleias ou jogar seu tempo fora discutindo o resultado final do Big Brother Brasil.

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